Desculpem, mas eu estou certo em todos os dez tópicos abaixo e é isso aí.

10. Clubismo em debates sérios

Quando a gente tá falando de futebol entre amigos, sempre rolam uns exageros, uma avacalhação, e isso faz parte. Mas em um debate mais sério, esqueça que você é são-paulino e permita-se criticar o Rogério Ceni quando ele merecer, por exemplo. Agora, se você realmente acha que o mundo gira em torno do seu clube, tem algo de muito errado na sua percepção de futebol.

9. Culpar juiz por derrota

Juiz erra, e muito. Mas, salvo raras exceções, esse não é o principal fator pra uma vitória ou derrota. Time bom de verdade ganha jogo APESAR dos erros de arbitragem, que é ruim pra todo mundo. “Ah, mas é pior pro meu time , que é perseguido”. Balela. Se seu time for PICA de verdade, se estiver jogando bem, jogando redondo, vai passar por cima de qualquer (suposto) obstáculo.

8. Culpar imprensa por má fase

Culpar imprensa por má fase de clube é de uma infantilidade indescritível. Assim como juiz, jornalista não entra em campo e nem treina time. O papel dele é noticiar. Há equívocos e exageros? Sim, há. Existe má fé? Quero acreditar que não, mas aprendi com a vida a sempre duvidar de seres humanos. Mas uma coisa é certa: se seu quarto está uma zona, a culpa não é da sua mãe.

7. Não ter opinião própria

Se você não é capaz de assistir a um jogo com a TV no mudo e fazer uma análise depois, parabéns: você não manja nada de bola. Se basear só no que o comentarista da TV diz é até feio. Veja os jogos com os seus olhos, não com os dos outros.

6. Banalizar a palavra “craque”

“Bale é craque”. “Hazard é craque”. Se você já falou bobagens como essas, reveja seus conceitos. Esses aí são, no máximo, bons jogadores. Craque é o cara que é muito, mas muito acima da média. É um tipo de jogador raro. É Messi. É Neymar. Foi Zizou. Foi Ronaldo. Vamos nivelar por cima, por favor.

“Só observo essa zoeira” Foto: AFP

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5. Ser corneta crônico

Tem que saber quando e como criticar. E fazer isso O TEMPO TODO, até quando o time está bem, não faz parte disso. Se um clube é líder de um campeonato há 800 rodadas, com 9878 gols, jogando o fino da bola e você ainda assim arranja motivo pra cornetar, tem alguma coisa estranha. Com você, não com o time.

4. Apoiar cegamente

Também tem o outro lado: o cara que apoia e elogia um time ou jogador cegamente, mesmo a vaca já estando com as quatro patas e as pontinhas das tetas no brejo. Exemplo: Valdívia contra o Asa de Arapiraca arriscou um ou dois passes apenas e passou o jogo todo TROTANDO do lado dos marcadores. Aí nego vem e diz que ele JOGOU MUITO e FOI O MELHOR EM CAMPO. Deus. Do. Ceu.

3. Imediatismo

É aquilo, na sequência de vitórias tá tudo lindo, pintou o campeão, pode entregar a taça. Duas derrotas e um empate depois… Nada presta, todo mundo é horrível, diretoria é incompetente, tem que mandar X ou Y embora. Quem é sensato sabe que é preciso ter calma. Às vezes uma mexida aqui, outra ali, e o problema está resolvido. Outra vezes é preciso mudanças mais radicais mesmo. Mas as coisas precisam ser feitas com inteligência e não na base do QUARTA-DOMINGO-QUARTA-DOMINGO, como diz o Muricy.

2. Falar de tática sem estudar

É engraçado como as pessoas falam de esquemas táticos de futebol com propriedade. Até parece que temos milhares de técnicos prontos pra assumir a seleção espalhados pelo Brasil. Mas a verdade é que 90% delas se baseiam unicamente no que viram no videogame pra discutir o assunto. E não tem nada de errado nisso. O feio é pagar de MANJADOR ABSOLUTO com um conhecimento tão raso.

1. Avaliar jogador que não conhece

O mesmo “pecado” é cometido na avaliação de jogadores. Um exemplo recente: o zagueiro Leandro Almeida, do Coritiba (por quem, já adianto, não tenho elogios nem críticas) vinha sendo especulado no Palmeiras. Vi por aí MANJADORES ABSOLUTOS descendo a lenha no cara, falando que ele é fraco e tudo o mais. Mas a real é que a maioria esmagadora desses caras simplesmente nunca prestou atenção no futebol do atleta. E nesses casos o melhor a fazer é ficar de bico calado.

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Por volta de 1h de quarta-feira estava eu sem sono enrolando na internet quando o FBI DEFLAGROU a invasão ao hotel em Zurique no qual prenderam diversos cartolas da Fifa. Dormi sabendo que 1) ao acordar novidades muito legais contra a Fifa seriam noticiadas e, é claro, isso ocorreu; 2) comemoraríamos as prisões e tudo mais brincando sobre, pois é assim que esse Brasilzão faz, não é?

Então, um dia depois de tudo ter começado, com mais calma, podemos celebrar e brincar: se em vez dos Estados Unidos fosse o Brasil que tivesse tomado a iniciativa finalmente e começado o combate a corrupção no esporte mais popular do mundo, como a Polícia Federal batizaria a operação? Quem é, sabe: a PF manja MUITO de nomes de investigações, chamando algumas de nomes como OPERAÇÃO FIRULA, OPERAÇÃO CTLR+ALT+DEL e OPERAÇÃO ASHCATCHIUM. Gênios.

Adriano tem um pedido que, nesse caso, não será atendido.

Adriano tem um pedido que, nesse caso, não será atendido.

10. Operação A CBF é o Brasil Que Deu Certo

A, Copa de 2014, sua linda! Quando tudo ainda estava bem e o 7 a 1 ainda apenas um sonho maluco, Carlos Alberto Parreira, esse gênio das frases de efeito, soltou na inauguração da nova sede da CBF, nada curiosamente batizada de JOSÉ MARIA MARIN, que a “CBF é o Brasil que dá certo”. Não tenha dúvida que a PF ouviu isso e marcou na lista de futuras operações. Se não foi agora, aguardem quando o cerco apertar.

Reprodução/ESPN

9. Operação A Culpa é da Dilma e do Lula

Nesses tempos em que comentaristas de internet formam micaretas e vão às ruas culpar Lula e Dilma por qualquer coisa, até pela nota ruim dos filhos na escola, é capaz que o pessoal da PF seja INFLUENCIADO pelos camaradinhas que usam camisa da CBF pra protestar contra corrupção (!) e batizem a operação assim só para agradá-los. Porque sim, nos comentários de notícias já tem gente culpando Lula e Dilma pela bandalheira da Fifa (!!).

8. Operação Respeita o Safadão

Safadão, como todos sabemos, é o WESLEY, esse ídolo da cultura da brasilidade. Assim, a PF brincaria com os SAFADÕES da Fifa e homenagearia o mito pegando emprestado o apelido para o trocadilho do nome, como eles adoram fazer. O RESPEITO VOLTOU.

7. Operação Abriu o Fuleco

A PF adora esses trocadilhos marotos, né, então certeza que usariam o FULECO, o nosso amado mascote, como símbolo do fato de que finalmente FURARAM todo o esquema da Fifa. CER TE ZA.

6. Operação BOM MESMO é o EUA

Brasileiro gosta de duas coisas que me constrangem: 1) dizer que nos EUA tudo é melhor; 2) dizer que BOM MESMO É O GANSO. Então, a PF juntaria as duas brasilidades e batizaria assim a operação, com a ironia de que, finalmente, não foram os EUA que conseguiram resolver algo importante.

O problema é que, na vida real, foram eles de novo. Saco, vai ter brasileiro prometendo (e não cumprindo) se mudar pra Miami de novo…

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5. Operação DESCUBRA

DES CU BRA qual o esquema de corrupção da Fifa. DESCUBRA

ACABA NÃO MUNDÃÃÃO

4. Operação É Esse o Legado?

Qual é o LEGADO DA COPA? Enquanto não temos certeza, a PF investigaria a Fifa e perguntaria, finalmente: acabar com a roubalheira lá É O LEGADO?

D E S C U B R A

3. Operação Gunther Schweitzer

Também conhecida como “Agora Que Sabemos o Que Aconteceu Ficamos Todos Enojados”, essa operação jogaria na cara de todo o mundo que a LENDA GUNTHER SCHWEITZER estava certa o tempo todo. Imagina, seria mais legal do que se o Senhor Waldemar fosse o novo técnico do Flamengo.

2. Operação Sino Que Anuncia o Mal

Vocês sabem que a Polícia Federal usa muito uns nomes espetaculares com mitologia, termos em outros idiomas e história do mundo e tal para batizar as operações, né? Tipo SATIAGRAHA, coisa fina. Esse caso da Fifa daria a oportunidade da PF não só usar isso, mas usar também CAVALEIROS DO ZODÍACO como nome. Sabe como?

Explico: MARIN, a responsável por Seiya e tal, tem como nome uma palavra que significa, em japonês, SINO QUE ANUNCIA O MAL. É a cara do Marin da CBF ou não é?

Geral ia ficar pensando até entender mas, quando finalmente a ficha caísse, faria como os americanos dizem: EXPLODIRIA SUAS MENTES. Pra completar ela ainda é mascarada, escondendo tanta coisa quanto pelo que Marin é investigado. ALÔ PF SE USAREM QUERO CRÉDITOS.

1. Operação 7 a 1 Foi Pouco

SETE A UM FOI POUCO seria o nome perfeito e a gente nem precisa explicar por que, né?

Reprodução/Pizzaria Bate Papo

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Me apaixonei por tênis de vez em 2013, quando comecei a fazer jogos constantemente ao trabalhar neste mesmo site que hoje hospeda o blog. Curtia e tal, mas comecei a estudar mesmo quando parou na minha mão e não mais larguei. Como dizem os amigos do Bola Presa, o melhor blog do mundo além do nosso, ao descobrir um esporte você escolhe alguém para torcer por identificação rápida, e a mais veloz é mesmo nacionalidade. E foi assim que, apesar de já acompanhar há anos, virei torcedor de vez de Thomaz Bellucci.

É claro que ele é ótimo tenista. Então, por que gera tanto ódio, principalmente de quem acompanha tênis só por resultados, não pelo jogo em sim? E por que quem acompanha mais de perto só argumenta que todo seu potencial não aparece, mas sabe que o jogo tá ali? Bellucci acaba de ganhar o título em Genebra, seu quarto na carreira, e nesta segunda estreia em Roland Garros. Vai longe? Difícil. Mas por que devemos acreditar nele daqui pra frente? E por que não?

10. Rankings ótimos (mas vive desabando)

Sabe o “efeito sanfona” existente em times de futebol, principalmente pequenos da Inglaterra e adjacências? Aquele time que numa temporada tá na primeira divisão, na outra na segunda, aí sobe de volta, cai logo em seguida…? Bellucci é isso. Sua inconstância o faz ser atual top 40, já ter sido n° 21 (SEGUNDO melhor ranking de um brasileiro na história,só atrás do Guga), mas também cair fora do top 100 direto, como ficou por um bom tempo entre 2013 e 2014, ou mesmo não ser o número 1 do Brasil por certos períodos, como no começo do ano (atrás de Feijão). O problema é que tenistas do top 50 dificilmente saem do top 100 tão facilmente como Bellucci. Nomes como Pablo Andujar, Jerzy Janowicz e outros ficam por ali mesmo sem resultados minimamente dignos constantes. Bellucci tem SEQUÊNCIAS péssimas. E aí complica.

9. 3° maior campeão do país (mas a sensação é de que poderia ser mais)

Bellucci possui 4 títulos de ATP, só atrás de Guga, claro, que tem 20, e de Luiz Mattar, que tem sete. Não é qualquer coisa – tem mais que Fernando Meligeni, por exemplo, e, claro, mais do que qualquer tenista de sua geração. Aliás, é quase um REI DA SUÍÇA, com três títulos na terra de Federer. O problema é que a sensação é de que poderia ser muito mais se não fossem suas quedas repentinas de produção. Num circuito com tantos bons jogadores, porém, acho difícil ver um lado negativo nessa quantidade.

8. Necessita de estabilidade (mas não se firma com um técnico)

Se Bellucci tem jogo inconstante, deixa a impressão de que se conseguisse manter-se estável dentro e fora da quadra se manteria sempre no top 50. Eu acredito muito nisso. E acho que muito do estilo de jogo de Thomaz tem a ver com isso: não tem uma alma ali para dizer para ele se manter no padrão de jogo escolhido para a partida, treinado e estudado antes? Quando se mantém firme, é difícil segurar. Mas suas trocas constantes de técnico, na minha visão, e posso estar errado, claro, atrapalham isso. Já teve João Zwetsch, Larri Passos, Daniel Orsanic, Francisco Clavet e agora de novo Zwetsch, em parceria até o Master de Miami. Essa troca grande é vista muito em tenistas da WTA que variam tanto ou mais de resultados quando Bellucci. Não acho um bom sinal.

7. Tem ótimo fundo de quadra (mas ama slices aleatórios)

Bellucci tem como seu principal golpe uma esquerda potente do fundo de quadra – e isso incomoda muito no circuito. O problema é que ele esquece esse golpe em determinados momentos do jogo, principalmente quando ele deixa de fazer algo que eu defendo muito que faça: trocar bolas esperando o erro do rival. Querendo acelerar esse processo, aleatoriamente tenta encaixar slices e, meu deus, quantos desses vão na rede? Eu realmente odeio muito quando ele bate de slice, em qualquer momento do jogo. Fica no fundo dando pancada, por favor!

6. Tem boas táticas (mas escolhe mal golpes)

O que nos leva a este tópico só como complemento: ele usualmente encontra táticas boas para cada adversário (não à toa ganhou set de Djokovic outro dia em Roma), mas seu principal defeito em quadra é a escolha de golpes para cada momento. Além dos slices aleatórios, gosta d uma deixadinha. Quando entra, lindo. Quando erra, parece destruir o já instável psicológico dele. Sei que é difícil se manter num padrão por 2 horas, mas se o Nadal consegue, por que não Bellucci (ok, Nadal parece exagerado, mas é sério)?

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5. Boa carreira tenista “normal” (mas sofre da pressão pós-Guga)

Bellucci tem 4 títulos, foi número 21 do mundo, está sempre no top 100 desde o meio de 2009 (tirando o período de crise entre 2013 e 2014), terminou quatro temporadas seguidas entre os 40 do mundo, ganhou quatro de seis finais, tem 152 vitórias na carreira e tudo isso com só 27 anos de idade. Não é velho. Tem tempo. E qualquer tenista sonha em se manter entre os 100 melhores por tanto tempo (basta ler a biografia de Guga pra saber o quanto alguém fica feliz a chegar ao top 100). O problema é que Bellucci sofre um problema típico do Brasil: a pressão de ser o melhor em algo após a saída de um ídolo. Exemplo fácil? Rubinho Barrichello, que foi vice do mundo em seu esporte e mesmo assim é criticado até hoje. Bellucci não tem que ser o novo Guga, assim como não precisa ser número 1 do mundo para ganhar respeito. Ele só precisa não cair nessa pressão ridícula de torcedores que acham que o Brasil deve ser o melhor em tudo. Não deve.

AFP Photo/Fabrice Coffini

4. Já foi herói de Davis (mas o público lembra só dos “vexames”)

Em 2014, Bellucci derrotou Bautista-Agut (hoje 19 do mundo) e Pablo Andujar para levar o Brasil de volta ao Grupo Mundial da Copa Davis. Em 2013, derrotou John Isner nos EUA após estar atrás por 2 a 1, para empatar em 2 a 2 a série fora de casa. Em 2012, tirou o Brasil do Zonal Americano ganhando seus dois jogos contra a Colômbia. Mas o brasileiro é chato. Ele gosta de criticar. Então o que ele faz? Decora as derrotas, muto com a ajuda de parte da imprensa, e joga na cara após cada resultado ruim (mesmo que seja contra grandes rivais). Não é fácil jogar um jogo 5 na Argentina após seu companheiro perder um jogo de SEIS HORAS, tipo neste ano. Não é fácil ser a única esperança de um time nas simples, jogando com companheiros como, com todo respeito, Tiago Alves e Rogerinho. Tem muita coisa para se relevar…

AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI

3. “O jogo tá ganho!” (mas aí vem o psicológico…)

A vitória contra João Sousa no título em Genebra mostrou um lado que odos gostaríamos de ver sempre em Bellucci: com uma quebra atrás e 40-0 contra, quebrou o português no segundo set e foi para a virada e para a taça. Quantas vezes não vimos Bellucci simplesmente afundar após uma quebra contrária, ou um erro besta? Para mim, simples: ele sabe o que fazer, ele sabe COMO fazer, mas precisa acertar sempre. Nadal, em sua biografia, diz que esquece o ponto anterior assim que acaba, concentrando no próximo, para evitar que qualquer erro o abale. É no que Bellucci peca. Um erro parece persegui-lo e, em um esporte individual, isso é matador.

Martial Trezzini/AP

2. No desespero ele acorda (mas segue devendo em Slams)

É difícil falar que alguém DEVE EM GRAND SLAMS, já que tratamos do maior evento do tênis. Mas o fato é que ele nunca passou de uma oitava de final (Roland Garros). Em Masters, tirando a épica campanha de Madrid em 2011, também não costuma fazer nada destacável. Mas o curioso é que, quando isso vai mal, ATP 500 vai mal, ATP 250 vai mal e ele despenca, parece acordar: ganha ou chega à final em Challengers tranquilamente. O que isso quer dizer? Que é óbvio que ele está muito acima desse nível de jogo. Só falta saber se manter ao lado de seus iguais e transformar isso em campanhas boas em torneios grandes. Capacidade, tem.

1. Encara os gigantes (mas tropeça nos Zé Ninguéns)

Head to Head contra Djokovic: 3 a 0 Djoko, mas com um 2 a 0 apertado (duplo 6×4) e duas partidas históricas para o brasileiro – a derrota na semi de Madrid-2011, quando vencia por 1 a 0 e tinha quebra na frente no segundo set, e a mais recente em Roma, quando também abriu 1 a 0.
Head to Head contra Murray: 1 a 0 Bellucci, nas oitavas de Madrid-2011.

Tem vitória também contra o Berdych, por exemplo. Contra David Ferrer. Contra Wawrinka.

Mas aí você pensa que vai, e ele perde para Sergiy Stakhovsky, Simone Bolelli, Martin Kliza, Victor Estrella-Burgos, Marsel Ilhan, Frank Dancevic, Matteo Viola… Todos, TODOS piores que ele.

Eu continuo torcendo, porém, porque é legal. Quando ganha, é divertido demais. Calar críticos é um prazer inenarrável.

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Dar aquela corridinha na praia/praça/rua/ciclovia (CUIDADO) é de praxe em todo o mundo. Mas tem quem consiga ser ridículo até quando está praticando exercício. Não acredita? Pegue seu tênis, seu shorts, sua camiseta e seu celular para ler a lista abaixo enquanto correr – vê se não atropela ninguém no caminho!

10. Aplicativo mostrando ao mundo a distância percorrida

Existe um aplicativo que eu não farei propaganda que mostra ao mundo via redes sociais o caminho e, consequentemente, a distância percorrida pelo glorioso ATLETA DE FIM DE SEMANA durante sua corridinha. Amigo, faz a sua e não fica postando no feice que conseguiu a proeza de correr 2 km não. E se correr 10 km também não posta, ninguém quer saber da sua arrogância.

9. Toalhinha

Eu sei que na academia ela é necessária, menos do que pelo suor no seu corpo e mais pela sujeira deixada nos equipamentos. Mas, na rua, pra quê? PRa ter um negócio preso no shorts balançando? Pra não se incomodar com um suorzinho de leve caindo na testa? A, rapaz, economia aí na quantidade de roupas colocadas para lavar e suja só a camiseta mesmo.

8. Shortinho minúsculo

Homens correndo com shorts quase nada abaixo da virilha é realmente ridículo. Pra quê mostrar as coxas assim? Pra meninada ver a musculatura? Não seja patético. Nem confortável é. E antes que falem que eu tô sendo machista, não defendo o uso de minúsculos pelas meninas não. Só não sei se é confortável. Se elas me falarem que não é, cravo também: é ridículo.

7. Empurrões

Uma coisa necessária para quem corre na tua é saber se o lugar escolhido para o COOPER é de fato usado pelas pessoas para isso. Porque, se não for, é preciso ter muito cuidado e respeito por quem está ali caminhando tranquilamente. Mesmo assim, tem quem ache que, por correr, por estar praticando um esporte, é melhor que o resto e sai atropelando geral, empurrando mesmo. Que grossura.

6. Braços abertos 

Tem gente que corre achando que é dono do mundo, ou ao menos do metro quadrado em que está correndo. E aí, o que faz? Fica se alongando enquanto corre, ou conversando gesticulando de monte, e acerta a cabeça de quem vem atrás, mais rápido. Segura esse bracinho aí, campeão, e se na próxima acerta uma criança?

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5. Olhadinha nas nádegas alheias

É duro para a mulherada sair na rua querendo apenas praticar um esporte e ser alvo de assobios e olhadas nada discretas de um pessoal babaca, não? “A MAS ELA TÁ DE SHORTINHO DE CALA JUSTA TÁ PEDINDO” não amigo, não tá não.

4. Medidor de pressão sem necessidade

Nada contra monitores cardíacos, ÓBVIO, tem quem precise e deva usar. O problema é quem usa aqueles gigantes, com 98 cabos em volta do corpo e um negócio gigante pendurado no braço só de enfeite. SIM, ISSO EXISTE. O cara usa só para pagar de antenado nas novidades para corrida. Claro, vem junto o tênis uuuuultramoderno, a camisetinha anti-suor, a bermudinha HIGH-TECH. Dá licença.

3. Garrafinha

Tem um MEME tradicional americano que é “COISAS DE GENTE BRANCA”. Eu posso falar porque sou branco então falo mal mesmo. E a garrafinha de água para a corrida na rua é MUITO COISA DE GENTE BRANCA. Pra quê sair correndo segurando uma garrafa? “AI HIDRATAÇÃO É IMPORTANTE” claro que é, por isso ao chegar em casa você beberá. Na rua a sensação é de que você quer mostrar que é muuuuuuuuito mais preparado para corrida do que todos os reles mortais que simplesmente colocaram um tênis e resolveram se exercitar um pouco.

2. Cuspe

Cena constante é ver alguém À sua frente cuspindo no chão no meio da corrida e você tendo que desviar para não ser atingido por aquela substância nada agradável que ficara presa em você até chegar em casa. Sim, já fui acertado por um idiota que cuspiu na calçada enquanto corria. Porco tem em todo lugar, em toda situação.

1. Tirar selfie

E você achando que selfie era coisa de quem vai para a academia… Nada, até quem corre na rua tem que lidar com pessoas que fazem questão de divulgar nas redes que está correndo tirando aquela selfiezinha básica, né meu? Todo mundo quer realmente saber que você está praticando algo ou é puro egocentrismo?

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Sempre que surge um superastro no futebol, qualquer jogador com características similares é comparado a ele. Com Messi não é diferente: todo ano aparece um novo. Veja abaixo alguns jogadores que já foram ou são considerados novas versões do craque argentino. Algumas comparações são simplesmente BIZARRAS.

10. Neymar

Neymar já foi chamado de “novo Messi” incontáveis vezes, e jogar no Barcelona ao lado do argentino só fez essa frequência aumentar. Tem bola pra ser comparado ao cara? Tem, e muita, mas não pode ser chamado de “novo Messi” por um simples motivo: possui brilho próprio.

Foto: AFP

9. Takefusa Kubo

Um japonês de 13 anos, que estava na base do Barcelona, mas acabou se desligando por causa de irregularidades na contratação de jovens. Hoje está no FC Tokyo. Messi japonês? Só se for pelo fato de ser cria da base do time catalão, assim como o argentino. Ainda assim, acho que “Tsubasa da vida real” é um apelido mais verdadeiro (e mais legal).

8. Arancibia

Meia chileno de 18 anos, contratado pelo Palmeiras para o time sub-20. Foi chamado de “Messi chileno” pela imprensa espanhola. Mas é bom nem criar muita expectativa. Quando o jogador é chamado de “novo alguma coisa”, a chance de ser eterna promessa é de uns 99%.

7. Brahim

Um espanhol de 14 anos que jogava na base do Málaga e foi disputado por Barcelona e Manchester City. Optou pelo time inglês. Vi o vídeo, tem uns DIBRES legais e tal, mas “novo Messi?”. Acho que não.

6. Lucas

Chega a ser engraçado como esses europeus supervalorizam as coisas.

5. Defederico

Lembram? Veio como “novo Messi” pro Corinthians em 2009, nunca se firmou e hoje está no Nueva Chicago, um time do tamanho do futebol dele: minúsculo.

Foto: EFE

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4. Maxi Romero

16 anos, joga no Velez e estava de saída para o Arsenal, mas a transferência não aconteceu por conta de uma lesão. É o de sempre: moleque novo, tem potencial, mas pelos vídeos, não é nada excepcional. Esse papo de novo Messi, como sempre, soa mais como estratégia de empresário pra valorizar jogador. Lembrando sempre que posso estar errado e daqui a cinco anos o cara é melhor do mundo. Vai saber.

3. Iturbe

Se não me engano, o “novo Messi” mais aclamado como “novo Messi” de que já se teve notícia. Esse já não mais promessa, tem 21 anos, joga na Roma, tem passagem pela seleção argentina e tudo mais. Portanto, já dá pra cravar: não joga nem 2% do que joga o Messi. Se fosse o caso, já estaria DEITANDO O CABELO, fazendo gol atrás de gol, levantando taça atrás de taça. E não é isso o que acontece.

Foto: AP

2. Jean Chera

O MESSI DO MATO GROSSO (que beleza!) saiu pela porta dos fundos de todos os NOVE clubes pelos quais passou até chegar ao Cuiabá, onde está hoje, aos 20 anos de idade. O motivo: não jogou nada em lugar nenhum, mas seu pai e empresário acha que ele é craque. Não se surpreenda se encontrá-lo em alguma entrevista de estágio por por aí. Uma coisa é certa: na seleção brasileira é que ele não vai estar.

ATUALIZAÇÃO: Apenas UM DIA depois de este post ir ao ar, Jean Chera foi demitido do Cuiabá. Eu, hein.

Foto: Divulgação

1. Tiago Luis

Nada a declarar. Apenas apreciem esta maravilhosa capa de jornal.

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Em maio de 2009 um colunista gaúcho que se você jogar no Google descobre em um segundo quem é, portanto não precisamos citá-lo aqui, já que, bem, não temos nada contra, escreveu um clássico texto dessa era de ouro da internet, chamado “Taison ou Messi, o futuro dirá quem foi melhor”. O texto é maravilhoso e não à toa é CULT no mundo virtual. Há excertos em que Taison é taxado como o próximo grande jogador do mundo, e que, em 10 anos, pensaríamos em quem é melhor, olha que espetáculo.

Obviamente, tudo deu errado, Taison não consegue sair do Shakhtar Donetsk, mesmo com a chamada “Cota Shakhtar” viva ele não passa perto da seleção… Imagina compará-lo com Messi. Mas, enfim, o texto segue vivo, e comemora 5 anos neste mês. Então, vamos celebrá-lo, provando que Taison é melhor que Messi, sim, pelo menos em uma coisa: EXPRESSAR SENTIMENTOS NO TWITTER. Melhor que nada… (se bem que só se passaram 5 anos. O texto fala em 10. Dou crédito)

Escutei isso na Malhaçao.. Sera que e Verdade mesmo..

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) October 4, 2011

10.  GUEDO

Eu nasci no guedo. Mais nasci pro mundo.

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) July 2, 2011

9. FICAADICA

Mande pra sua namorada ou sua mulher hj essas frases. E diz assim te amo meu amor. ficaadica

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) June 27, 2011

8. ESPAÑOL

Después de la tormenta siempre llega la calma!! Boa noite !! #Dormi..

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) November 5, 2012

7. SAUDADE

E ruim chora de Saudade.

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) June 20, 2011

6. ✄———-

✄———- Corte da sua vida tudo que te afasta de Deus.

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) January 19, 2012

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5. ENSINA..

A vida ensina.. — Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) August 9, 2012

4. CADÊ?

Cade aquele amor!!!

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) December 23, 2011

3. SOFRENDO

sofrendo por coisas desnecessárias.

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) August 2, 2012

2. LADRÃO! LADRÃO! LADRÃOZINHO!

Chama o Chaves de Ladrão foi triste..

— Taison Barcellos F. (@taisonfreda7) August 4, 2011

1. QUERO CUIDA DE VC POSSO

Infelizmente vai sem embed porque ele apagou um dos mais clássicos tuítes da história: QUERO CUIDA DE VC POSSO

Também não consegui o embed do maravilhoso tuíte em que ele escreveu:

“Muito triste muito mesmo..
Na vida agente sofre muito..
Triste..”

Mas ficam aqui dividindo a primeira posição mesmo assim, porque superam qualquer coisa que você já tuitou citando Clarice Lispector.

*E aí, já assinou nosso canal no Youtube?

Convenhamos: terceira camisa é algo desnecessário. Afinal, só há duas opções: ou o time joga em casa ou joga fora. Mas já que os clubes querem lançá-las pra fazer um marketing, que sejam feitas direito. E fazer direito é fazer algo que respeite a tradição do clube e não seja vergonhoso de se usar. Em alguns casos os clubes acertam em cheio, já em outros… Veja por si só!

PS: O texto, como quase todos do Listagram, é opinativo. Por isso, não é que você tenha mau gosto se curtir alguma das camisas citadas. A questão é que PRA MIM você tem mau gosto. Sacou?

BÔNUS: esta camisa do Liverpool, que ganha de quase todas as brasileiras citadas na lista.

10. Todas em homenagem à seleção brasileira

Nada a ver você ir ver um jogo do seu clube e estar todo mundo de camisa amarela – a não ser que você torça para o Criciúma. Quer tanto assim homenagear a seleção? Seria muito mais válido colocar algum detalhe na camisa, sem mudar as cores do clube. De todos os times que fizeram isso, o que mais errou foi o Cruzeiro. Ficou bão, não.

9. Grêmio 2010

Em 2010 o Grêmio promoveu uma votação para escolha da camisa III.Todas eram feias.

8. Vasco 2012

Costumo gostar das camisas alternativas do Vasco, mas essa me chamou atenção negativamente. Tudo ficou feio. E, como deixo claro neste post, não gosto quando inventam moda e usam cores que não são as do clube. Fica forçado.

7. Flamengo 2015

O Flamengo vinha de boas terceiras camisas nos últimos anos, mas resolveu voltar a indignar o torcedor. Não chega a parecer uma toalha de mesa, mas o fato de serem só quatro quadrados grandes não muda o fato de que essa camisa é tão feia quanto um uniforme da Croácia.

6. Corinthians

Acho que o Corinthians nunca acertou em uma terceira camisa, exceto aquela azul, que apesar de não ter nada a ver com o clube, ficou bem bonita. Por isso, meu exemplo será aleatoriamente essa listrada em preto e roxo. Não que ela seja pior que as outras, é que todas estão no mesmo nível.

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5. Palmeiras 2012

É difícil o Palmeiras acertar na terceira camisa, mas essa de 2012 é a pior de todas, com esses detalhes dourados exagerados por todo canto. É tão feia quanto a gestão da diretoria da época, traduzindo bem o que foi aquele ano para o torcedor palmeirense: para se esquecer – apesar do título da Copa do Brasil.

4. Santos 2014

O Santos tem outras camisas que poderiam estar aqui, mas essa é a mais bizarra. Amarelo? O que tem a ver? E não é só a cor. O que é essa divisória triangular com o preto? Chega a ser um desrespeito com o clube.

3. Bahia 2013

Esporte Clube Bahia usando azul-escuro e rosa-choque. Cadê o nexo? Ainda se fosse uma camisa com um visual legal, vá lá… Mas isso já passa bem longe do aceitável.

2. Coritiba 2013

Não sei se é verde-limão, se é amarelo… Depende dos olhos e do nível de daltonismo de cada um. O que eu sei é que essa camisa do Coritiba me faz chorar sangue.

1. Flamengo 2010

O posto de pior terceira camisa só podia ser do Flamengo 2010. Essas listras azuis e amarelas a la Tabajara F.C, além de horríveis, assassinam a tradição rubro-negra do clube. E o escudo vermelho e preto por cima dessa coisa revoltante chega a doer nos olhos. “Ah, mas tem significado histórico e bla bla bla”. Nesse caso, é uma parte da história do Flamengo que merece ficar no passado.

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A parte I de nosso especial sobre a GERAÇÃO PLAYSTATION foi a lista que abriu a nova versão do blog, aqui no UOL. O sucesso foi tão grande que, ao digitar “geração playstation” no Google, a primeira referência é nossa. Muita gente concordou com o texto, mas ele também causou muita revolta a quem faz parte da Geração.

Para estes, então, é que vai a lista de hoje: quer saber se você é parte da Geração Playstation? É só se encaixar nos quesitos abaixo. Nada contra, cada um faz o que quer da vida, só não somos fãs. Menos videogame, mais bola na rua, por favor.

10. Prefere ARENA a ESTÁDIO

Vamos lá: arenas são o símbolo da gourmetização do futebol. Sabe quando a tradicional coxinha de frango vira coxinha de carne seca com espinafre? Então, um nojo. Arenas tem cadeiras – que constantemente são destruídas em clássicos; estádio tem cimento, que para destruir, amigo, só sendo super-herói. Arenas, com cadeiras, obrigam a que mais metros quadrados sejam usados para menos gente; estádios, com cimento, permitem mais gente por fileira. Arenas, com ingressos a R$ 200 e comida a R$ 20, impossibilitam pessoas comuns, trabalhadoras, a acompanharem seus times; estádios, com R$ 20 e picolé a R$ 2, permitem que O POVO, verdadeiro fã do futebol, veja seu time sempre.

Não entendo por que a sociedade anda dando espaço para a gourmetização da vida. A ganância é nosso problema. Menos gourmet, mais cimento. Conforto? Fica no seu sofá jogando… Sim, videogame.

Vejam como, ao abaixar a cadeira, fica impossível para alguém passar pelo corredor – Crédito: Reprodução

9. Acha que a MLS será importante algum dia

O ano era 1994. A Copa do Mundo foi levada para os Estados Unidos e, lá, já se dizia que era o pontapé inicial para que o país que controla as ligas mais ricas do mundo, como NBA e NFL, começasse a dominar, também, o futebol. Pois bem, há quem ache isso até hoje e, pior, repita o discurso daquela época (VINTE E UM ANOS ATRÁS) a cada contratação supostamente bombástica que a MLS faça.

Henry jogou lá. Beckham jogou lá. Kaká agora joga lá. E os times americanos continuam incapazes de, por exemplo, ganharem a Concachampions, o torneio continental da Concacaf. Só dá mexicano nos Mundiais de Clubes, não? Aí eu pergunto: já perceberam também que só grandes jogadores em final de carreira vão parar lá, certo? Para que alguém no auge iria desperdiçar seus anos numa liga que ninguém vê, jogando contra times que nao passam dos mexicanos, que por sua vez só dão vexame no Mundial?

Não, a MLS ão será importante por um bom tempo ainda. Podem tentar enfiá-la em nossos costumes já que alguns brasileiros aleatórios estão por lá, mas tem que ser muito Geração para achar que o futebol lá é bem praticado. Dinheiro não compra tudo. Por enquanto, a MLS é apenas uma liga com tanto dinheiro quanto as árabes que, como vocês sabem, ninguém assiste.

Na MLS tem selfie na comemoração. Não dá.

8. Defende a Europa com unhas e dentes

Eu concordo que a estrutura do futebol na Europa é melhor que a do Brasil. Mas não é difícil para um membro da Geração se perder ao tentar defender até isso: por exemplo, quando um time brasileiro escala reservas na Copa do Brasil todo mundo cai em cima; mas, quando o Barcelona escala seu banco na Copa do Rei, é “poupar”, elogiado. Ué?

Nem tudo na Europa é melhor que aqui. O futebol jogador pelos principais times é melhor, é claro, mas quando se fala que o Corinthians ou quem quer que fosse poderia chegar até as quartas da Liga dos Campeões, qual o problema? As quartas do torneio vivem com times fracos como Monaco, Basel, Shakhtar e cia. Um forte time brasileiro não encara isso? Ô se encara!

O problema da Geração é o famoso complexo d vira-lata do brasileiro. Tudo aqui é pior, tudo lá é melhor. Hoje em dia, com a crise política instaurada, vemos mais isso: defendemos nosso lado e jamais ouviremos o outro. No futebol, isso vem até de antes: a Europa é melhor e pronto, não adianta discutir. Ué, por que não? Medo de ouvir verdades?

Ué, briga na Europa? Não pode ser… – Pedja Milosavjevic/AFP

7. Coleciona camisas de times, mas só dos grandes

Colecionar camisas de futebol, para quem gosta, é muito divertido. Ter camisas de times desconhecidos, ver que as pessoas nas ruas olham para o escudo de sua camisa tentando entender que time é aquele, conseguir uma camisa rara de um time histórico. Mas a Geração Playstation vem conseguindo mudar todo esse conceito: eles só comprar camisas de times da moda. E ainda acham bonito…

Segundo levantamento recente feito em lojas especializadas em esporte, camisas de times como Chelsea, M. United, Real Madrid e Barcelona são mais vendidas do que camisas de times brasileiros. E nem adianta falar do preço, que é absurdo nos dois casos. Onde está o orgulho de usar a camisa do seu próprio time? “A, mas meu time é o Chelsea”. Amigo, você vai a Stamford Bridge? Você convive na escola, no trabalho, com torcedores dos rivais do Chelsea? Não? Então para com isso que é feio.

Um clube que MUDA O PRÓPRIO ESCUDO em sua camisa. O quão pequeno é?

6. Só conhece jogadores dos clubes mais famosos

O fã de futebol europeu provavelmente sabe escalar o Barcelona, o Real, o Chelsea e o Arsenal de cor e salteado, já que vive controlando tais clubes no videogame. Normal. Mas ele vive falando por aí (e as redes sociais provam) que conhece todos esses supostos craques que povoam times ridículos da Europa, como Hull City e Werder Bremen. Conhece mesmo?

Eu DUVIDO que alguma pessoa normal saiba escalar times desse nível. Não adianta ficar pagando de sabichão. Não adianta falar que é O conhecedor do futebol europeu quando seu conhecimento se resume aos principais times. O futebol real engloba os pequenos também. E, desses, ninguém por aqui sabe a escalação de cabeça. Porque a Geração Playstation só joga no videogame com time grande.

Real Sociedad x Villarreal: sabe escalar sem olhar?

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5. Acha que os jogadores EVOLUEM NA EUROPA

O bordão EVOLUIU NA EUROPA™ é repetido por todo mundo que acha que o futebol brasileiro é fraco e o europeu é maravilhoso em todas as instâncias. Assim, a Geração Playstation defende que os grandes jogadores daqui saiam para a Europa para que possam evoluir. Pera.

Lucas, por exemplo, era claramente uma promessa pretes a ser lapidada por completo no São Paulo, com vaga na Copa de 2014 quase garantida. Resolveu sair rapidinho. Virou banco do PSG e perdeu a Copa e, também, qualquer respeito como jogador que tinha por aqui. Hoje, se é convocado, é contestado. Coitado, caiu no papo de que na Europa você automaticamente evolui.

É quase como se, ao pisar na Europa, um jogador virasse um Pokémon que evolui ao ser tocado por uma PEDRA, manjam (sei lá se a Geração entende de jogos de outra empresa)? Não é assim, meus filhos. Jogar na Ucrânia, na Rússia, na Bélgica ou na França é MUITO pior do que jogar no Brasil. Mas MUITO pior. O 7 a 1 é simbólico, mas me diga: a Ucrânia foi para a Copa? Não, né? O 7 a 1 deles não acontece porque nem talento para chegar lá eles têm.

4. É dono de perfis dedicados a times que ninguém liga

Pode procurar por aí: existe um Twitter Dínamo de Kiev BR, um Hull City BR, um Universitatea Craiova BR e um Club Brugge BR. Quem liga para isso? Quem segue isso? Quem perde tempo escrevendo sobre isso? Amigo, nem os caras lá da Romênia ligam para o Universitatea. Quem em são consciência quer notícias do Dínamo de Kiev em sua rede social?

Ninguém liga. Quer ler sobre eles? Aprende ucraniano ou usa o Translator e vai ser feliz. Mas não seja ridículo tentando enfiar isso goela abaixo de pessoas que já sofrem com a falta de notícias decentes da maioria dos clubes brasileiros – já que, sabemos, o foco é sempre em poucos clubes, que dão, na teoria, mais audiência.

BOMBANDO

3. Acha que o Valladolid é maior que o Corinthians

Não, não é (a história da REAL comparação entre Valladolid e Corinthians você vê no vídeo). Nenhum time de meio de tabela da Espanha, França, Inglaterra e afins é maior que os gigantes brasileiros. Um bom exemplo é a “disputa” recente entre Manchester City e São Paulo pelo Alejandro Sabella. O City, esse glorioso time que só ganhou fama aós a entrada do dinheiro do petróleo, tem só UMA TAÇA EUROPEIA, da fraquíssima Recopa, no longínquo ano de 1970. O São aulo é tri do mundo e da América. O City tem SETE títulos da SEGUNDA DIVISÂO INGLESA. O São Paulo não tem, porque nunca caiu para a B do Brasil.

Sacaram a diferença de tamanho? Sei que a sociedade atual hoje é baseada no dinheiro. Isso cega a Geração, que acha que os novos ricos europeus são grandes. Não, meus filhos. O futebol brasileiro é muito maior que essas coisas aí tipo Chelsea e City. Nunca foram nada e, quando os petroleiros e russos cansarem dessa brincadeira, voltarão ao pó. Os grandes brasileiros estão aí, sempre.

Shakhtarzão perdendo para time da Série B brasileira.

2. Acha que a Liga dos Campeões é melhor que a Copa

Na primeira lista falei sobre como tem gente que acha que a Liga é maior que a Libertadores. Esse foi um dos pontos mais discutíveis e eu achei legal isso, porque ali minha opinião era realmente polêmica, é algo discutível, apesar de mantê-la. Mas, aqui, vou além – e as redes sociais provam, de novo, é só pesquisar que você acha esse tipo de gente -: tem quem ache a Liga MAIOR QUE A COPA DO MUNDO.

Essas pessoas viram a vibração de Cristiano Ronaldo ao classificar Portugal para a Copa, e como foi maior do que a vibração dele ao ganhar a Liga? Essas pessoas viram a festa dos alemães ao conquistarem a Copa, e como foi maior que a festa do Bayern ao ganhar a Liga? Essas pessoas viram os barcelonistas que ganharam a Copa em 2010 com a Espanha e como eles comemoraram mais do que ao ganhar as Ligas recentes do clube?

Amigo, COPA é COPA. A gente não vive pedindo mais uma Copa aqui no Brasil à toa não. É o auge do futebol. Não há glória maior. Não tem dinheiro que compre essa emoção. Não há jogador que prefira atuar pelo Chelsea do que por seu país. Não há Drogba parando guerra na Inglaterra, mas ele para guerra para jogar pela Costa do Marfim as Eliminatórias. Os fatos estão aí. Só sendo muito viciado em Playstation para pensar o contrário. É passível de internação em clínica anti-vício.

Alegria incontida x arrogância

1. Torcer só para times de fora

Algo que, DIZEM, está crescendo no país com a gourmetização do futebol é essa molecada que fala que torce só para time de fora. Problema deles, caso existam. Que nunca sentirão a emoção de acompanhar seu clube de perto, de ver seus ídolos ali, a metros da arquibancada.

Quando a Revista Placar fez matéria, em 2014, sobre esse tipo de criança, o pai de uma delas disse que o filho não gostou de ir a um jogo aqui porque não tinha mais o que fazer além de… Ver o jogo! E PRECISA DE MAIS? Quer o quê? Passear no shopping? Desculpa, amigo, você não gosta de futebol, você gosta de videogame. Você não é torcedor, você é apenas um indiferente à bola REAL, à bola PALPÁVEL, à bola que controlamos com os pés, não com o controle do videogame.

Se a criança quer torcer só para time de fora, deixa. Ela que terá dificuldade em fazer amigos, ela que sofrerá bullying na escola. Está é na hora dos pais desses moleques colocarem juízo na cabeça deles. Leva para o estádio e diz: “Ou gosta, ou fica sem sobremesa”. Lição é dada assim.

Mas, relaxem: essa molecada, quando crescer, será que nem fãs de Justin Bieber: vão lembrar de como eram ridículos e apagar esse passado. Fico tranquilo.

Sou viciado em números no esporte e tenho certeza que eles são capazes de explicar muita coisa que acontecem dentro dos campos, quadras e afins. Com a definição do título paulista para o Santos, o 21°, resolvi que os motivos para a taça acabar lá podiam ir além dos óbvios. Vamos ver estatísticas que ajudam a enxergar isso? Aquela ajuda do Footstats para tal.

Junior Lago/UOL

10. Lucas Lima

Opinião séria: Ricardo Oliveira foi eleito o melhor jogador do Paulista, mas de verdade não foi nem o melhor do Santos no torneio. Este tem nome e é Lucas Lima. O meia (que joga sozinho na posição, é bom lembrar, em um 4-3-3) foi o jogador com mais passes para chutes no campeonato (63) e o 4° em assistências (5 passes para gol). Também foi o santista que mais desarmou, com 48 certos, além de aparecer no top 10 de dribles, cruzamentos certos, viradas de jogo corretas e passes certos. A, e fez o gol do título.

Andre Penner / AP

9. Ricardo Oliveira

Oliveira foi o artilheiro do Paulista com 11 gols, aos 34 anos, e fez o gol que só não foi o do título porque o Palmeiras ainda conseguiu levar para os pênaltis, em um começo de segundo tempo apagadíssimo do Santos. Começou o torneio no banco, virou titular mesmo devagar, mas quando embalou…

Danilo Verpa/Folhapress

8. Desarmes

O Santos pode propagar a ideia do “DNA ofensivo”, mas foi o time que mais desarmou em todo o campeonato, com 409 desarmes corretos. Lucas Lima e Cicinho aparecem no top 10 d desarmes também.

Andre Penner / AP

7. Pênaltis

O Santos foi campeão nos pênaltis. Durante o torneio, também foi o time que mais teve chance de treiná-los: teve seis a seu favor. Indicativo de que foi o time que mais entrou na área de forma perigosa, certo?

Danio Verpa/Folhapress

6. Passes certos

No quesito passes certos, o Audax teve QUATRO jogadores no top 10. Nada surpreendente, pelo menos para quem viu ao menos um jogo do time de Osasco no torneio (não viu? Perdeu uma das coisas mais divertidas do momento). Entre os times que jogam de forma mais… Normal, digamos, Lucas Lima e Victor Ferraz estão no top 10 de passes certos, tornando o Santos o único time além do Audaz a ter uma dupla no top 10 da categoria.

Junior Lago/UOL

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5. Chutes

Entre os jogadores, a produção ofensiva do Santos é facilmente identificada: enquanto Ricardo Oliveira é o jogador que mais chutou na direção do gol no torneio (28, contra 20 do vice-líder), o mesmo Oliveira aparece em segundo nas finalizações erradas, só atrás de… Geuvânio, seu companheiro de ataque( 34 3 36, respectivamente). Pode até ir para fora a bola, mas o Santos chutou muito.

Danilo Verpa/Folhapress

4. Chutes [2]

A consequência da produção individual é vista na coletiva: o Santos deu 117 chutes ao gol durante o Paulista, liderando com 21 chutes a mais do que o Corinthians, vice, e 25 a mais do que o Palmeiras, terceiro.

Danilo Verpa/Folhapress

3. Dribladores

Individualmente, mais uma vez os santista se destacaram: nos dribles, Geuvânio foi o mais produtivo do torneio, com 23, seguido por Lucas Lima, com 21. Detalhe: no top 10, Robinho aparece em 7°, com 14, e só Dudu, dos outros grandes, está incluso, com 13.

Andre Penner / AP

2. Dribladores [2]

E se o Santos se vangloria de sua ofensividade e ousadia e alegria, como diria um ex-jogador do time, um tal de Neymar. é importante se destacar os dribles no total: e o Santos liderou o torneio, com 107 dados. A diferença para o Corinthians, vice no quesito, é absurda: 79 dribles deram os corintianos.

Andre Penner/AP

1. Melhor ataque

Por fim, estatística óbvia mas comprovador de que a produção do Santos do meio para a frente é digna de campeão: 36 gols, melhor ataque do torneio.

Danilo Verpa/Folhapress

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Há uns dias postamos aqui no blog a lista “10 provas de que Robinho é o jogador mais marqueteiro da história”. E ontem, o próprio Robinho confirmou que, como sempre, nós estávamos certos. Como? Com um funk gravado com os parceiros de Alison e Gabigol, do Santos, provocando de leve o Palmeiras antes da decisão do Campeonato Paulista. Dê o play no vídeo e acompanhe na lista cada detalhe dessa obra-prima.

10. Palminhas

Pra começar, as palminhas imitando as batidas de funk são sensacionais. Parabéns aos envolvidos.

9. No sapatinho

O Robinho já começa dizendo que vai chegar no sapatinho. Mas não de um jeito comum, de um jeito SUINGADO. “No sapato, no sato, no sa, no no sapatinho”.  Que ser humano.

8. Rei da rima

Além de “rei das pedaladas”, Robinho também é “rei da rima”. Segundo quem? Segundo ele próprio, o que torna tudo ainda mais genial.

7. Provocação

Aí vai a parte POLHÊMICA do funk: “Vamo detoná o Palmera é o Peixão que vai vencer”. Vocês juram que ficaram com frescura por causa disso? Para, né. Provocação saudável no futebol, sem desrespeito, sem incitar violência. Nem preciso dizer pra pararem com ele, o mimimi.

6. Alison

A participação do “MMAlison” no vídeo é épica do começo ao fim. Traçando um paralelo, Robinho seria o Mano Brown e Alison o Ice Blue, já que a parte dele é só uma estrofe aleatória. E a empolgação dele com o improviso do colega é muito sincera. Dá até gosto de ver.

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5. UH UH DEMORÔ

Só pelo UH UH DEMORÔ já vale estuprar o replay o dia todo nesse vídeo.

4. Dancinhas do Gabigol

A função do Gabigol no vídeo é basicamente segurar a câmera e balançar a cabeça, já que ele não canta nenhuma parte do funk. Mas em alguns momentos ele surpreende e começa umas dancinhas épicas. A melhor vem um pouco depois do UH UH DEMORO. E tem uma boa ali pelo final também. Enfim, vejam e imitem. Eu imitarei.

3. Escondendo escalação

“Na defesa tá o Victor, pode tá também o Cicinho”. Esse verso prova que Robinho é funkeiro consciente, funkeiro comprometido com o clube. Tanto que na hora de escalar o time no ritmo do batidão, ele toma o cuidado de não entregar todos os que estarão em campo, pra não deixar o treinador bravo.

2. Vocabulário

“Lá no gol tem o Vanderlei, e o suplente é o Vladimir”. Alguém mais aí ficou surpreso de ouvir a palavra SUPLENTE no meio de um funk? E melhor: de um funk improvisado? Levando ou não a taça no domingo, Robinho já pode se considerar vencedor NA VIDA só por isso.

1. Robinho MC

Um funk desses merecia um encerramento à altura, e foi exatamente isso o que aconteceu. Cheio de marra, no auge da empolgação, ele lança um: “Olha só, tá ligado, eu vou parando por aqui / Pra quem não me conhece eu sou Robinho MC”. Esse já sabe que carreira seguir quando se aposentar do futebol.

Foto: Reprodução

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