10 “causos” do futebol dos anos 90
Danilo Pilan
Tenho boas memórias do futebol dos anos 90, mas admito que gostaria de ter sido mais velho naquela época, pra aproveitá-la com mais consciência. Os jogadores tinham mais bola, havia verdadeiros esquadrões no Brasil e as histórias extracampo eram SENSACIONAIS (nada de fotinho de língua de fora). Listo a seguir dez desses ''causos'' épicos – com toneladas de referências ao Romário, por motivos óbvios.
10. Amaral e o apartheid
Amaral, o coveiro, estava com a seleção na África do Sul e foi perguntado em uma entrevista sobre o apartheid. Sem ter ideia do que raios era isso, respondeu, na maior MALEMOLÊNCIA: ''se for um jogador perigoso a gente faz uma marcação individual!''. Saudades desse tipo de entrevista, cada vez mais escasso no futebol brasileiro.
9. Mulheres nas concentrações
Ex-Corinthians, Dinei participou recentemente do reality A Fazenda e confirmou no programa o que todo mundo já sabia: era facinho, facinho levar mulher pra concentração, e os jogadores se esbaldavam. ''A gente já deixava uma em cada quarto'', disse. Hoje em dia, com um segurança em cada andar do hotel, os caras ficam fazendo TWITCAM. E se alguém mais SAIDINHO resolve arriscar, é capaz de pegar gancho de 19873669873877 dias em algum tribunal fanfarrão.
8. Edmundo larga a Fiorentina pra curtir o Carnaval
Hoje em dia também tem muito jogador que troca o profissionalismo pela NIGHT. Mas nessa história do Edmundo, ele foi ao limite: ATRAVESSOU O PLANETA em prol da balada. A diretoria da Fiorentina liberou, é claro, mas ficou climão entre os companheiros, que ficaram lá se matando numa sequência de jogos bem pedreira.
Outro que fez isso foi o Romário, quando jogava no Barcelona. Mas não teve treta. Ele só combinou com o treinador (Cruyff, na época) que, se fizesse dois gols no jogo pré-Carnaval, teria dois dias a mais de folga. Não deu outra: fez o segundo aos 20 da etapa final e pediu pra sair mais cedo, porque seu voo decolava em uma hora.
7. Romário xinga médicos do PSV
Romário jogava no PSV e queria ser tratado pelo Filé, seu fisioterapeuta de confiança. Os médicos não queriam aprovar. O que ele fez? Disse pro tradutor falar o seguinte, no meio da reunião: ''MANDA ESSES CARAS TOMAREM NO CU, MANDA SE FODEREM E DIZ QUE ESSE CARA AQUI VAI FICAR COMIGO''. O tradutor relutou, mas mandou o recado. Deu certo. Nada como um pouco de classe, não é mesmo?
6. Renato Gaúcho e Romário apostam mulher
Segundo o próprio Renato disse na biografia do amigo, os dois apostaram uma mulher em um Fla-Flu, COM TUDO PAGO. Renato levou. Resultados à parte, acabo de descobrir porque os caras dos anos 90 jogavam mais bola. Eles simplesmente tinham melhores MOTIVAÇÕES.
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5. Luxemburgo faz ''trabalho'' para Gilmar Fubá marcar Muller
História maravilhosa do Luxemburgo no Corinthians, na voz do Vampeta, o maior contador de histórias do futebol brasileiro. O Fubá estava voltando de lesão e ia marcar o Muller, que vivia boa fase no Cruzeiro. Preocupado, o técnico chamou o volante no quarto e o fez mergulhar em uma banheira com ALFAZEMA, SAL GROSSO, PÉTALAS DE ROSA e tudo mais, pra tirar a zica.
Começa aos 4:08 min, e é curtinha. Mas se estiver com tempo, escuta o áudio todo que vale a pena.
4. Romário e as três namoradas
Mais uma da biografia dele (como algumas outras da lista). Maurício, amigo e preparador físico, conta que viu três namoradas do Romário na arquibancada de um jogo do Vasco, quase juntas. Avisado do perigo, ele disse: ''vou marcar um gol e pedir pra sair as 10 minutos do segundo tempo''. E como com Romário missão dada era missão cumprida, foi o que ele fez. Foi embora sem nem tomar banho.
3. Regalias de craques
No futebol brasileiro, todos sabemos que craques tem, sim, regalias. Ou pelo menos tinham. Quem comprova? Ele mesmo, o Baixinho. Uma delas: no Flamengo, dormia na maca antes do jogo e às vezes até perdia o aquecimento. Um amigo conta que era convocado a acordá-lo, porque o pessoal do clube TINHA MEDO DE LEVAR BRONCA. Depois, só lavava o rosto e dizia, antes de entrar em campo: ''cavalo tem barriga, corre pra caralho e não precisa alongar''.
2. Donizete Pantera e o Índio Popó
Esses tempos o Donizete contou em entrevista sobre quando levou o ÍNDIO POPÓ pra jogar no Vasco. Eles se conheceram durante uma viagem do Donizete com a seleção, e o índio encanou que PRECISAVA jogar no Vasco para poder se casar. O Pantera prometeu que botaria o cara em campo, e ele apareceu em São Januário. Com a permissão do Eurico, vestiu a camisa e participou de um treino. Existe história mais LENTRA A que essa?
1. Rap dos Bad Boys
LE LE LE O, LE LE LE A! Já falei desse rap aqui no blog: é a melhor música dos anos 90. Quem discordar é burro. ''Tem muito futevôlei e o pagode é da pesada''.
E você? É mais anos 90 ou mais GERAÇÃO PLAYSTATION?